O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, surpreendeu novamente ao anunciar concessões à China em relação a determinadas tarifas — com algumas exceções importantes. Segundo o próprio Trump, as tarifas americanas sobre carros, aço e alumínio importados da China continuarão inalteradas.

Os acordos firmados entre Washington e Pequim na primeira quinzena de maio, voltados à redução mútua de tarifas, não abrangem as medidas anteriormente impostas pela administração Trump. De acordo com o presidente, permanecem em vigor as tarifas de 25% sobre o valor aduaneiro de automóveis, aço e alumínio chineses. Uma possível exceção poderá ser feita para produtos farmacêuticos oriundos da China. “Os acordos com a China não incluem as tarifas que já estão em vigor”, afirmou Trump.

O presidente americano classificou as negociações bilaterais recentes como produtivas e afirmou que elas resultaram em avanços concretos. “Conseguimos um verdadeiro reinício nas relações com a China”, declarou. Segundo ele, a suspensão por três meses na aplicação de novas tarifas será crucial para que ambos os países busquem um acordo de compromisso. “Os negociadores estão agora tratando das questões estruturais mais profundas do comércio bilateral”, acrescentou.

Anteriormente, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, declarou que a drástica redução das tarifas recíprocas reflete o desejo das duas nações de reequilibrar a balança comercial. As novas tarifas entraram em vigor na quarta-feira, 14 de maio. Durante a trégua de 90 dias, as tarifas dos EUA sobre produtos chineses serão reduzidas de 145% para 30%, enquanto as tarifas da China sobre bens americanos cairão de 125% para 10%. A expectativa, segundo Trump, é de que Washington e Pequim aproveitem esse período para consolidar um acordo comercial satisfatório para ambos os lados.