O par GBP/USD voltou para o desequilíbrio altista 11 após a liquidez ter sido capturada no último movimento de alta. Isso marcou o fim de todas as tentativas de pressão baixista. Em seguida, ocorreu uma segunda reação ao desequilíbrio altista 11, o que gerou outro sinal de compra, ainda na semana passada.
Na verdade, normalmente não levo esse tipo de sinal em consideração. Se um desequilíbrio já foi trabalhado (independentemente da intensidade), no futuro passo a me interessar apenas por sinais combinados com capturas de liquidez. Desta vez, não houve uma varredura da liquidez baixista, mas isso pouco importa, já que alguns dias antes outro sinal de alta já havia se formado dentro do mesmo desequilíbrio altista 11.
Portanto, os traders podem continuar mantendo posições compradas, pois não observo nenhum sinal claro de que o avanço dos compradores esteja chegando ao fim.
A configuração atual do gráfico é a seguinte. A tendência de alta da libra pode ser considerada concluída, mas a tendência de alta do euro certamente não. Assim, o euro pode puxar a libra para cima, embora a moeda britânica, por si só, tenha apresentado uma valorização bastante sólida nas últimas semanas. Os compradores reagiram aos desequilíbrios altistas 1, 10 e 11, e um grande número de sinais de compra foi formado. No momento, o mercado encontra-se em pausa, apesar de o pano de fundo de notícias da semana passada ter permitido uma elevada atividade de negociação. Não há padrões baixistas acima para a libra, e nada impede uma continuação da alta.
Na segunda-feira, o Reino Unido divulgou o relatório do PIB do terceiro trimestre, que apresentou um resultado estável e neutro, exatamente em linha com as expectativas dos traders. Portanto, é pouco provável que as investidas dos compradores na segunda-feira estejam relacionadas a esse relatório. Além disso, não são esperados eventos relevantes hoje, mas amanhã serão divulgados alguns relatórios dos Estados Unidos que podem atrair a atenção dos participantes do mercado. Esses dados serão, na prática, os últimos relatórios importantes da semana.
Nos Estados Unidos, o pano de fundo noticioso permanece tal que, no longo prazo, é difícil esperar algo diferente de um enfraquecimento do dólar norte-americano. A situação no país continua bastante complexa. O shutdown do governo durou cerca de um mês e meio, e democratas e republicanos chegaram a um acordo de financiamento apenas até o fim de janeiro. Não há divulgação de dados do mercado de trabalho dos EUA há aproximadamente um mês e meio, e os números mais recentes dificilmente podem ser considerados positivos para o dólar. As três últimas reuniões do Federal Open Market Committee terminaram com decisões de viés dovish, e os dados mais recentes do mercado de trabalho permitem até considerar um quarto afrouxamento consecutivo da política monetária já em janeiro. Na minha avaliação, os compradores têm todos os elementos necessários para iniciar uma nova ofensiva e tentar um retorno às máximas do ano.
Para que uma tendência de baixa se consolide, o dólar precisaria de um pano de fundo noticioso forte e consistentemente positivo — algo difícil de esperar sob o governo de Donald Trump. Além disso, o próprio presidente dos EUA não tem interesse em um dólar forte, já que, nesse cenário, o déficit da balança comercial tenderia a persistir. Portanto, ainda não acredito em uma tendência de baixa para a libra, apesar da queda relativamente acentuada observada ao longo de dois meses. Muitos fatores de risco continuam pesando como um fardo sobre o dólar.
A atual tendência de alta pode ser considerada concluída, uma vez que os preços romperam abaixo de dois fundos importantes (de 12 de maio e 1º de agosto). No entanto, surge a questão central: o que exatamente os vendedores usarão como catalisador para empurrar a libra ainda mais para baixo? Justamente por não conseguir responder de forma clara a essa pergunta, não acredito que a queda tenha continuidade neste momento. Caso novos padrões baixistas surjam, uma possível desvalorização adicional da libra poderá ser reavaliada.
Calendário econômico para os EUA e o Reino Unido:
Estados Unidos
- Variação nas encomendas de bens duráveis (10h30 horário de Brasilia / 14h30 Portugal)
- Variação do PIB, segunda estimativa para o terceiro trimestre (10h30 horário de Brasilia / 14h30 Portugal)
- Variação na produção industrial (10h30 horário de Brasilia / 14h30 Portugal)
Em 23 de dezembro, o calendário econômico contém três entradas que são de algum interesse. O impacto das notícias sobre o sentimento do mercado na terça-feira pode estar presente, mas principalmente na segunda metade do dia.
Previsão e dicas de negociação para GBP/USD:
Para a libra, o panorama começa a se mostrar mais favorável. Três padrões de alta foram formados, sinais claros já surgiram e os traders podem manter posições compradas. No momento, não vejo fundamentos suficientes que justifiquem o início de uma tendência de baixa no curto prazo.
A retomada da tendência de alta já poderia ser esperada a partir da zona de desequilíbrio 1. Até agora, a libra reagiu aos desequilíbrios 1, 10 e 11. Como alvo para um crescimento potencial, considero o nível de 1,3725. Caso padrões de baixa venham a se formar, a estratégia de negociação poderá ser revista; no entanto, por enquanto, não há motivos para ajustes.
